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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Movimentação de policiais bombeiros e curiosos no local onde uma explosão na caldeira deixou dois mortos e pelo menos nove feridos, na manhã deste sábado. (Foto: Mario Ângelo)
Uma explosão de gás em uma academia em São Bernardo deixou dois mortos e nove feridos - entre eles, uma criança -, na manhã deste sábado (17/05). Ao menos quatro imóveis, além da academia, foram interditados pela Defesa Civil.
A professora de natação da academia ,  estava na área das piscinas no momento da explosão e foi atingida pelos destroços. Ela morreu na hora.
Já o torneiro mecânico , de 51 anos, morava atrás da academia. Segundo sua sobrinha, , O rapaz estava estendendo roupa no varal quando aconteceu o acidente. "Eu estava com ele no quintal e entrei na cozinha. Não dei dez passos e ouvi um estrondo. Quando voltei, meu tio estava no chão, no meio de um monte de água", relata. A explosão causou um grande buraco na parede dos fundos, que é colada à da academia, e a água da piscina escorreu por todo o pátio da casa.
O acidente aconteceu por volta das 11h, na Rua Miragaia, no bairro Pauliceia. O imóvel, que tinha dois andares, ficou destruído. Dois carros também foram danificados com a queda da parede frontal do prédio. De acordo com informações do site da academia, o estabelecimento tem 2 mil metros quadrados com duas piscinas.
O Corpo de Bombeiros enviou 14 viaturas para o local, além de cães farejadores que auxiliaram nos trabalhos de resgate. "Pelo deslocamento que houve nas lajes do interior da piscina, com certeza houve uma explosão por causa do vazamento de gás. Quando chegamos, havia um cheiro muito forte no ar", afirmou o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Roberto o, que estava no comando da operação. "Muito provavelmente, esse gás alimentava as caldeiras que aqueciam as piscinas", disse. A perícia ainda vai indicar os motivos da explosão.
Abaixo-assinado
Moradores do bairro disseram que o cheiro de gás era persistente havia várias semanas no local. "Sempre senti um cheiro forte de gás nos arredores da academia. Todo mundo falava: "isso um dia vai explodir", disse Alzira. Outra moradora que não se identificou afirmou que até um abaixo-assinado estava circulando no bairro com o pedido para que a prefeitura fosse verificar o odor.
O secretário de Serviços Urbanos de São Bernardo, O mesmo, estava no local à tarde e garantiu que tanto o alvará de funcionamento da academia quanto o dos bombeiros estavam em dia. O secretário responde pela Defesa Civil. A prefeitura confirmou as informações em nota.
Além da Defesa Civil, ainda segundo a nota da prefeitura, equipes da assistência social prestaram atendimento às vítimas no início da tarde. A administração municipal informou que colocou abrigos à disposição de quem teve o imóvel interditado. "Foram quatro imóveis na Rua Belém, a própria academia, na Rua Miragaia, e a edícula de uma casa parcialmente interditada na Rua Almerina Cemoline Rebulci", informa.
Os nove feridos foram atendidas pelo Serviço de Atendimento de Urgência (Samu). Seis foram encaminhados para o Hospital Anchieta (três homens e três mulheres) e três para o Hospital Brasil (pai, mãe e filho de 2 anos). Até a noite deste sábado, nenhum corria risco. De acordo com o boletim médico, eles sofreram fraturas que não precisaram de cirurgia. Apenas uma mulher sofreu uma fratura exposta no joelho e teve de ser transferida para o Hospital de Clínicas de São Bernardo.
Depoimentos
O motorista , mora a cerca de um quarteirão de distância de onde ocorreu o acidente. Ele diz que estava em casa quando ouviu um barulho: "Foi altíssimo, me assustou". Ao sair para a rua, o motorista avistou pessoas correndo, saindo de perto da explosão.
A irmã , a professora , afirma que estava trabalhando em uma escola próxima e, quando chegou à Rua Miragaia, viu um cenário de desespero. "Tinham pessoas chorando, uma mulher com o pé machucado. Alguns vizinhos me contaram que sentiram os prédios mais próximos tremerem".
A doceira  de 51 anos, que mora a poucos metros da academia trabalhava em casa quando ouviu o barulho. "Parecia que tinha desabado o céu. Na hora, o povo começou a correr para a rua com medo. Isso aqui virou uma praça de guerra." Ela disse que ligou para uma vizinha cuja casa fica ainda mais perto da academia. "Era horário de aula de natação das crianças. Tinha muitas crianças, elas foram abrigadas na casa da minha amiga."
A professora de ensino fundamental , de 32 anos, afirmou que o estrondo causou pânico na vizinhança. "Tremeu minha casa inteira. Tremeu tudo num raio muito grande. Minha irmã que mora a duas quadras daqui também ouviu o barulho. Os vizinhos começaram a sair de casa e a bloquear as ruas, desviando os carros", comentou.A professora também relatou que havia muitas crianças no local na hora do acidente.
Nota oficial da Prefeitura de São Bernardo
Por volta das 11h do dia 17 de maio houve explosão em academia na Rua Miragaia, 445, no bairro Paulicéia. A Defesa Civil de São Bernardo informa que houve 11 vítimas, das quais duas fatais (uma mulher de 24 anos e um morador vizinho de 51 anos), encaminhadas ao IML da Vila Euclides.
Nove pessoas foram atendidas no local pelo Samu, que destas encaminhou cinco para o Hospital Anchieta (dois homens e três mulheres), três para o Hospital Brasil (pai, mãe e filho de 2 anos) e uma (homem) para a Unidade de Pronto Atendimento Paulicéia.
A Defesa Civil interditou quatro casas na Rua Belém e a própria academia na Rua Miragaia. Uma casa está parcialmente interditada na Rua Almerina Cemoline Rebulci. As vistorias continuam no entorno de onde houve a explosão.
Nota da empresa Tem Esportes
A diretoria da rede de academias Tem Esportes lamenta profundamente o acidente ocorrido na manhã de hoje em uma de suas unidades de São Bernardo do Campo (SP), localizada no bairro Paulicéia.
As causas da explosão, ocorrida aproximadamente às 11h, ainda estão sendo apuradas e a empresa está à disposição das autoridades competentes para fornecimento de todas as informações necessárias para esclarecer o caso.
As vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros. A rede Tem Esportes dará todo o apoio necessário aos familiares e vítimas do acidente.
A academia é uma empresa familiar que tem mais de 30 anos de história e tem um trabalho baseado em ética e responsabilidade. A rede tem quatro unidades em São Bernardo do Campo (Nova Petrópolis, Jardim do Mar, Rudge Ramos e Paulicéia), além de uma unidade na cidade de Itu (SP).

sexta-feira, 11 de setembro de 2015




Segunda vítima de explosão em caldeira é 

enterrada na Serra


O irmão da vítima contou que ele já havia comentado

sobre o medo que tinha do que fazia, mas ao mesmo

tempo a paixão pelo trabalho que realizava

O velório aconteceu na noite da última quinta-feira (27)
Foto: TV Vitória
O enterro da segunda vítima da explosão de uma caldeira no Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória, aconteceu na manhã desta sexta-feira (28) em um cemitério de Carapina, na Serra.
O velório foi de portas fechadas em uma igreja que fica no bairro Jardim Tropical, na Serra. Dentro do local apenas os familiares permaneceram. Do lado de fora a movimentação de amigos e vizinhos era grande. 
Segundo Romário Pereira dos Santos, irmão da vítima, Rubens já havia comentado com ele sobre o medo que tinha do que fazia, e ao mesmo tempo a paixão pelo trabalho. “O trabalho dele ele fazia com amor”, afirmou o irmão.
Foram mais de 24 horas de espera pela liberação do corpo, já que segundo o Departamento Médico Legal (DML), Rubens teve queimaduras em 100% do corpo. Inicialmente seria feito um exame de DNA para comprovar a identidade da vítima, mas ao longo do dia os médicos conseguiram através das impressões digitais o reconhecimento da vítima. 
O acidente aconteceu na manhã da última quarta-feira , quando faziam uma manutenção programada em um tanque de combustível que alimenta a caldeira no momento da explosão. Os dois morreram na hora. 
A fumaça pôde ser vista à distância e foi registrada por moradores. As causas da explosão ainda serão apuradas. O que espera a família de uma das vítimas é que a justiça seja feita. 
"Deus me deu uma segunda chance"
Um sobrevivente da explosão no tanque que alimenta a caldeira de vapor da empresahttp://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2015/08/segunda-vitima-de-explosao-em-caldeira-e-enterrada-na-serra.html contou, por meio de áudio em um aplicativo de celular, os momentos de pânico e medo dentro do local após ver a bola de fogo que se formou.“Foi a caldeira de vapor , eu estava no tanque ao lado, número 602. Pode ter certeza que Deus me deu outra chance, porque a bola de fogo veio em cima de mim”, falou o rapaz.